sexta-feira, 22 de janeiro de 2010



COMPARATIVO: CB 300R X FAZER 2010 X NINJA 250R



Observe estes três modelos e veja que interessante: têm cilindrada equivalente, servem para levar e trazer pessoas ou simplesmente para curtir o melhor que a vida pode oferecer. Embora sejam simplesmente motocicletas, cada uma oferece UM sabor diferente na pilotagem, no uso e, claro, no bolso. A mais apimentada deste trio é a Kawasaki Ninja 250, que entrou no teste com as duas mais vendidas para provar na pista se realmente é a mais esportiva A recém-lançada Honda CB 300R tenta oferecer um pouca deste paladar, revelando um design dos mais esportivos entre os produtos 'nacionais de baixa cilindrada (a Ninia é importada), enquanto a Yamaha Fazer 250 e sua receita arroz-com-feijão pode ser a opção daqueles que precisam, simplesmente, de eficiência Para saboreá-las, colocamos as panelas no fogo, abrimos o gás e descobrimos que as diferenças são menores do que os desenhos sugerem Se você não acredita, vire a página.




Nosso comparativo foi fundo. Passamos um dia inteiro no autódromo do ECPA, em Piracicaba (SP); andamos também por ruas e estradas, com e sem garupa, freamos, deitamos, raspamos joelho, pedaleira e até escapamento no chão. Só não fizemos crash-test. Nas voltas rápidas com as três motos, confesso que quase fui ao chão com a Kawasaki. E a partir daí começaram as primeiras conclusões. E conclusões inéditas, até para os especialistas que participaram deste teste (me ajudaram os pilotos Francis Vieira e Leandro Mello). A Kawasaki Ninja 250 não é tão esportiva quanto suas linhas sugerem. Em segundo lugar, a Honda CB 300R não é tão mais rápida que a antiga Twister 250 e,por último, a Fazer se mostrou mais fácil de pilotar que qualquer outra rival. Justiça seja feita, até mesmo porque olhando estes modelos a Fazer já acena desvantagem. A Yamaha se limitou às mudanças exigidas pelo programa de redução de emissões, usando catalisador e sonda lambda no escapamento, além da reprogramação do sistema de injeção. Para resumir, em uso a nova Fazer está quase igual às produzidas até 2008.




o problema da Ninja é custar R$ 18.880, quase o equivalente a duas Fazer 250 (R$10.950). E, cá entre nós, ela não é duas vezes mais esportiva que o modelo da Yamaha, a menos que o critério seja visual. A Honda tem valor sugerido de R$ 11.490 em média é vendida em média por R$ 12.500. Para comprovar essa questão de esportividade avaliamos as três concorrentes, monitoradas com cronômetro e GPS, em voltas rápidas. Nesta volta rápida, simulamos o que você poderia fazer, por exemplo, numa estrada sinuosa de serra, naqueles dias em que está atrasado para uma entrevista de emprego.


Veja que surpresa. Com 12 cv a mais que a Fazer e quase 7 cv a mais que a Honda (com motor 300 cc), a carenada e esportiva Ninjinha não foi tão mais rápida como imaginamos. Leandro Mello fez a volta mais rápida com a verdíssima Kawa em 39,5 segundos, contra 39,7 segundos da CB 300R e, logo atrás, 40,3 segundos da Fazer 250. Entre a primeira colocada, a Kawasaki 250, e a última, a Fazer 250, se passaram apenas 8 décimos de segundo, tempo inferior ao que você levou para ler esta frase. Certo que o autódromo do ECPA é bem travado, com curvas de baixa velocidade.


Jade seguidas de pequenas retas, mas o fato da CB e da própria Fazer estarem tão perto da Kawasaki sugere o seguinte: no retomadas e freadas, aplausos à ciclística acertada das nacionais CB e Fazer.


Esqueça aquela história de que motor em V é bom para se obter torque, em linha é melhor para potência e assim por diante. Na verdade, a potência gerada por um motor corresponde à quantidade de energia produzida em um intervalo de tempo. É por isso que os engenheiros buscam cada vez mais rotações em seus propulsores, Na MotoGP algumas unidades já chegam a 19.000 rotações por minuto. Girando mais, consegue-se produzir mais energia. A 19.000 giros, um motor de 4 tempos produz 158 ciclos de energia por segundo. Este mesmo propulsor funcionando a 1.000 giros, por exemplo, gera somente 8,3 ciclos energéticos por segundo. Percebeu a pequena (grande) diferença?


Em teoria, um motor "girador" é mais potente que outro similar que gira menos, Dizem os especialistas que o motor não gera potência, e sim torque. E quase verdade, porque o número de potência é uma resultante entre a rotação versus o torque, mas isso é assunto para outra reportagem 0 fato é que a Kawasaki se aproveitou dessa lei para gerar mais potência. Ela simplesmente aumentou a potência gerando mais rotações. Parece simples, mas não, Para tanto, tem dois cilindros, cada um com quatro válvulas (duas de admissão e duas de escapamento) e conta com uma capacidade de aspiração de ar bem maior Tudo isso é fruto de um trabalho focado, não adianta "estourar" as rotações segurando o acelerador que a potência não aparecerá do nada.


E tem ainda outro problema: quanto mais rotações, menor a faixa de torque. Como o motor foi projetado para isso (não dá para ganhar todas...) e os números não mentem. Medidos em GPS, obtivemos os seguintes resultados nas retomadas entre 40 km/h e 80 km/h: 12,8 segundos para a Kawasaki, 10,2 segundos para a Fazer e 9,2 segundos para a CB 300.0 motor da Ninja não é mais potente? Sim, e bem mais potente. Mas a diferença de potência só se dá em altos giros, como em qualquer outra esportiva. Fazer, e principalmente a CB, têm mais agilidade em baixa rotação.


É certo que não existe nada no Brasil que consiga trazer o patamar das superesportivas para, digamos, algo palpável. Palpável, na verdade, para quem está disposto a investir quase R$19 mil na compra de uma motocicleta de 250 cc. A Kawasaki, fora todos seus adjetivos estéticos e dinâmicos, é a única das três capaz de suportar velocidades até 160 km/h reais (CB e Fazer estacionam a 132 km/h). E nada de garupa, que não conta sequer com apoios para as mãos. Neste aspecto, aliás, aplausos para a Fazer, cujo formato do banco é mais confortável para o garupa. A Kawasaki Ninja 250, com seu motor de 33 cv, é sinônimo de potência e status, enquanto a Honda CB 300R é puro design. A Fazer, por sua vez, prioriza a utilidade. Faz quase tudo o que as outras permitem, mas custa menos.


NINJA 250R


MOTOR

249cc, dois cilindros paralelos, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote (DOHC) e refrigeração líquida Diâmetro x cua, . 62 mm
x 41,2 mm Taxa de compressão: 11,6: 1 Potência: 33 cv a 11.000 rpm Torque: 2,24 kgf.m a 8.200 rpm Alimentação: Injeção eletrônica Câmbio, seis marchas.

CICLÍSTICA

Quadro: aço Suspensões: garfo telescópico na dianteira e monoamortecida a gás com cinco regulagens de pré-carga na traseira Pneus: 110/70-17 na dianteira e 130/70-17 na traseira.

FREIOS

Dianteiro: disco de 290 mm e pinça de dois pistões
traseiro: disco de 220 mm e pinça de dois pistões.


DIMENSÕES / PESO

Comprimento: 2.085 mm Largura: 715 mm Altura do banco: 790 mm Altura total: 1,115 mm Altura livre do solo: 135 mm Entre-eixos: 1.400 mm Peso: 170 kg 152kg (a seco).

ONDE ENCONTRAR

www.kawasakibrasil.com.br
Preço médio: R$18.800 R$15.500 (em São Paulo)


CB 300R


MOTOR

291,6cc, um cilindro, quatro válvulas, comando duplo no cabeçote (DOHC) e refrigeração a ar Diâmetro x curso: 79 mm x 59,5 mm Taxa de compressão: 9,0:1 Potência: 26,53 cv a 7.500 rpm Torque: 2,81 kgf.m a 6.000 rpm Alimentação: injeção eletrônica Câmbio: cinco marchas.

CICLÍSTICA

Quadro: berço semiduplo Suspensões: garfo telescópico com 130 mm de curso na dianteira e monoamortecida com 105 mm de curso na traseira Pneus: 110/70-17 na dianteira e 140/70-17 na traseira.

FREIOS

Dianteira: disco de 276 mm com pinça de dois pistões Traseira: tambor de 130 mm.


DIMENSÕES / PESO

Comprimento: 2.085 mm Largura: 745 mm Altura do banco: 781 mm Altura total: 1.040 mm Altura livre do solo: n,d. Entre-eixos: 1.402 mm Peso: 143 kg (a seco) Tanque de combustível: 18 litros.

ONDE ENCONTRAR

www.honda.com.br
Preço médio: R$ 12.500


FAZER 2010



MOTOR

249 cc, um cilindro, duas válvulas, comando simples no cabeçote (OHC) e refrigeração a ar e óleo Diâmetro x curso: 74,0 mm x 58,0 mm Taxa de compressão: 9,8:1 Potência: 20,7 cv a 7.500 rpm Torque: 2,1
kgf.m a 6.500 rpm Alimentação: injeção eletrônica Denso Câmbio: cinco marchas.


CICLÍSTICA

Quadro: berço duplo Suspensões: telescópica na dianteira com 120 mm de curso, traseira mono-amortecida com cinco regulagens e 120 mm de curso Pneus: 110/80-17 Pirelli Sport Demon na dianteira e 130/70-17 Pirelli Sport Demon na traseira.

FREIOS

Dianteira: disco de 282 mm com pinça de dois pistões Traseira: tambor, com 130 mm na traseira.

DIMENSÕES / PESO

Comprimento: 2.025 mm largura: 745 mm Altura do banco: 805 mm Altura total: 1060 mm Entre-eixos: 1.360 mm Peso:137 kg (a seco) Tanque de combustível: 19,2 litros.

ONDE ENCONTRAR

www.yamaha-motor.com.br
Preço médio: R$10.950


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